27.9.09

o tempo entre os braços e o espaço... ah, o espaço....

24.9.09

a quem quer que seja

qual a questão em questão
quando quilos de qualquer querer
querem quedas e caos?
como se o costume e a calma,
e como no chão as cobertas caem,
não mais coubessem como querer.

quando contido,
quer qualquer que seja o outro conter.
como passarinho que quer cair,
cada caco que não aquele cubículo
como quando o coração,
consciente de que continha quem quer que coubesse,
só sabia querer o não saber.

11.9.09

sobre nove goteiras e um filtro de barro (pequena canção clichê para ele)

não sei se te olho
ou me vejo
quando miro para
dentro

se te molho
ou me beijo
quando mergulhamos
no nosso (nosso)
meio

e te sangro
me mordo, não te deixo
suo, sua
te mostro (monstro)
envolvo e me gasto
inteiramente

8.9.09

(des)a(r)mada

quadriláteros atingem a compulsão
e me esvaio entre veias
e grossas trepadeiras

sinto o gélido toque
do muro de aço branco
vincos e o viço de mim

vejo a marcha, um ante o outro
vermelho ou lilás ou listrado
marcando, marchando e esquecendo

3.9.09

graciosa solução para os problemas da vida

um dia de piração interna
e a lua está cheia
tudo fica trezentas
vezes mais intenso

trocar de roupa hoje
será um horror