29.6.07

pê ésse:

se paaaaaaaaaaasssssssaaaaaaaaaaaaaaaaaaa muuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiitooooooooooo. alguém mais quer falar da minha vida?

não que isso seja ruim,

é até engraçado, quem sabe. mas sei lá, isso meio que engana, sabe? parece que é assim, quando na verdade não é, na verdade nunca foi e eu acreditando que era desse jeito. tá, quem sabe eu tenha até me aproveitado por pensar que era desse jeito, coisa e tal. mas a vida é assim, né? agora a enganada sou eu. mas tudo bem. eu até gosto de pensar que não é como eu pensava, que é meio errado.
e quem é que não gosta do que é errado?

(incompreensível)

28.6.07

que se dane meu jeito inseguro...

no fundo eu sou otimista
mas sempre imagino o pior
me cansa essa vida de artista
mas cada vez o prazer é maior

26.6.07

acho que

já passou da hora de parar de fingir que o mundo é realmente cor-de-rosa, tomar vergonha na cara, voltar pro planeta terra e enfim, fazer o que eu tenho que fazer.

25.6.07

eu vi

minha vida passando como um filme pelos meus olhos.
ah, não 'quase morri', nem nada do tipo. fui atacada por um morcego, mas essa parte pode ser ignorada.
vi a minha vida passar como um filme pelos meus olhos porque hoje foi dia de assassinar uma tal de saudade. ver uma das mulheres da minha vida. uma das pessoas que mais me fizeram rir na vida. e mais me apoiaram. e sem sombra nenhuma de dúvidas que é uma das pessoas que mais tem cenas nesse tal filme da vida. muito tempo sem vê-la, muito tempo mesmo. eu cheguei até a pensar que poderia viver sem. mas quando a vi, ela saiu de casa para abrir o portão enquanto o cão do olho azul me encarava, bateu uma dor no peito de ter deixado tanto tempo passar e não ter perguntado direito 'como você tá, saci? saudade...'. veio um medo de ter perdido a intimidade, as histórias, de não fazer tanta parte das cenas do filme dela mais...
isso não é uma crise sentimental, uma crise de arrependimento, uma crise de distância. é simplesmente saudade, saudade de tudo que passamos juntas, de todas as fugas pela janela (ou pela porta mesmo), todas (e quantas!) bebedeiras, todos os fins de semana sem nada pra fazer fazendo nada juntas, de todas... de todas que faziam parte de tudo, juntas (quase) sempre.

eu não quero e nunca quis que tudo fosse diferente. se as coisas estão como estão, não é por culpa de ninguém. aliás, é culpa do tempo, que não passa e resolve tudo. ou que passa rápido demais.
essa nostalgia é tosca e podre. mas não passa...

o tempo tá passando, eu já nem moro na mesma cidade, fico vagando da cidade natal para a nova cidade, já não tenho mais os 16 anos, já não penso como antes, já (muito menos) faço as coisas como antes. preciso trabalhar, estou na faculdade, já sei o que quero para a minha vida (tá, mais ou menos..).. definitivamente, já não sou mais a mesma. nem ela. nem ninguém. nem a vida.

tudo podia ter sido diferente, mas não foi. eu só não queria parecer culpada de nada.
e queria ter o coração aberto a ponto de poder mostrar o tamanho do amor incondicional que eu sinto por ela. e pela ausente.


mas a tarde foi ótima, mesmo com só metade da saudade morta, a tarde foi ótima...

complexe, je le sais..

mas nem tudo é cor-de-rosa, babe.
e ainda ando com insides de inspiração que passam em dois segundos. não dá tempo de criar. assim fica difícil.

é aquele tipo

de recaída que você acha que nunca vai ter. você pensa que superou tudo (mesmo depois de anos), que tudo está ótimo, não sente (quase) saudade, não lembra (quase) nunca. você (quase) esqueceu.
é aí que você se engana! vem uma coisa bem parecida, você tem como se fosse um déjà vu, uma lembrança muito real e muito tocável. muito tocável.

eu não quero escrever nem falar sobre isso, eu passei três anos inteiros falando e escrevendo e pensando somente nisso. não quero que tudo volte a ser como era, não quero precisar fingir tanto quanto eu fazia, fingir que estava sempre feliz e de bem com a vida quando não estava.

mas eu não consigo pensar em outra coisa...

é, foi somente um déjà vu, somente isso. (é melhor eu me convencer logo..)

23.6.07

por favor vê se aumenta a pressão
eu tô na paz, eu tô relax
mas preciso de mais emoção
e a noite gira e todo mundo dança o que puder
como se não houvesse nada mais o que dançar
como se não houvesse nada mais pra amanhecer
como se não houvesse nada mais pra acreditar
tudo bem
se a alegria é química
só sei que a noite me devora

22.6.07

quem nunca

se sentiu a escória da espécie?

21.6.07

crise

Todo mundo sabe de alguma coisa que eu não sei

De um filme que eu não vi, de um aula que eu faltei
Por mais que eu tente eu nunca chego no horário

Eu perco tudo o que eu
ponho no armário

Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil
A fila que eu escolho vai sempre andar mais devagar
E o troco acaba bem na hora em que eu vou pagar
Se eu me distraio um único instante

Pode apostar que eu perco o mais importante

Tudo atrapalha o que eu faço
Mas pros outros parece tão fácil

Os vizinhos devem rir por trás do jornal
E eu desconfio de um complô
O maior que já se armou
Uma conspiração internacional





eu não consigo arranjar nem um emprego...

18.6.07

é incrível

como é só eu chegar nessa cidade e as surpresas reservadas a mim me esperam, aguardam ansiosamente. e para falar a verdade, na maioria das vezes eu as adoro.

14.6.07

e então

eu sinto falta disso. sou uma necessitada de amor. e brega.

10.6.07

é impossível explicar

esse aperto que eu sinto toda vez que eu vou embora de casa. da casa do meu pai, aliás. idéia difícil de se acostumar. casa do meu pai.
eu sinto muita falta da minha casa, longe, sozinha, me virando. mas isso aqui, as pessoas daqui, são as coisas mais especiais que eu tenho na vida.

cada vez que eu parto um pedaço de mim fica aqui. e o vazio só aumenta.

é estranho

porque no meio daquele monte de gente, todos conhecidos ou amigos mesmo, você se sente um et verde e fedorendo. mesmo todo mundo te abraçando, todo mundo te dizendo, sinceramente, que te ama e que sente sua falta, você sente como se estivesse simplesmente sozinho. estranho, muito estranho.
aí você fica andando entre todo mundo, o companheiro álcool na mão, parecendo que está com preguiça do mundo. e talvez seja isso mesmo. ou talvez você esteja 'desestreitando' laços para a partida não doer tanto quanto da última vez. burro da sua parte, mas é isso que você faz.
e com tudo que acontece, com todo o carinho que te destinam, você continua nessa de solidão. tão clichê isso, 'sozinho do meio da multidão'. mas tão cabível ao momento.

então quando você vê, está no meio da roda, dançando frenéticamente, um te puxa para o lado e diz 'você é como uma irmã para mim!'. outros, quando vão embora, te abraçam daquele jeito que tanto te fazia falta, aquele abraço de corpo todo, sem nenhuma maldade, e te dizem que 'você vai fazer muita falta, como já está fazendo há tempos'. ou aquele que a cada segundo diz 'já te disse que eu te amo?'.
depois, estão você e mais três, lutando jiu-jitsu no meio do quarto, deitados na mesma cama ou rolando no chão de rir. a casa está cheia, cheia. cheia de gente que você sabe que vão te ver no dia seguinte toda inchada e vão te abraçar e rir da sua cara.

é nessa hora que você pára e pensa: 'eu não quero ir embora'. de novo.

eu não quero ir embora. ao mesmo tempo, eu preciso ir embora, só para que, quando voltar, a intensidade de tudo que acontece seja a mesma.
essa é a minha nova vida. ir embora só para poder matar a saudade desse jeito. liqüidar a saudade. liqüidá-la.

9.6.07

Não escondam suas crianças

Nem chamem o síndico
Não me chamem a polícia
Não me chamem o hospício, não
Eu não posso causar mal nenhum
A não ser a mim mesmo
[Mal Nenhum, Lobão e Cazuza]
e é isso.

7.6.07

você não sabe se acredita. é muito fácil quando as 'previsões' são boas. nas coisa boas é definitivamente muito simples de se acreditar. mas e quando não são muito boas (leia-se péssimas) você definitivamente fica em dúvida. é estranho. e é melhor rezar para não ser verdade. mas se até a mãe diná acertou que os mamonas iam morrer...



você já não sabe mais o que pensar. mentiras sinceras realmente interessam? e quando é você que mente pra você mesmo? não deveria interessar. não deveria, definitivamente. mas você é idiota...



você já não é mais como era antes. nada igual. nada mesmo. e você sente tanta saudade do que um dia foi... e tenta se convencer de que 'é só uma fase, daqui a pouco passa...' (e volta às mentiras sinceras...). passa mesmo? ando esperando, esperando, esperando...


você descobre que sonha demais. ah! você sempre o fez e sempre soube disso. e não sabe se isso te faz bem. faz? acho que não. fica pensando, pensando. quando vê, já sonhou. sonhou e sonhou. resolve dar uns tapas na própria cara para acordar e ver que o mundo pode não ser tudo o que você viu até hoje. será?


é isso aí, né? acorda, sonhadora.. e organiza esses pensamentos..

5.6.07

o que mais gosto

é que, por sorte, às vezes encontramos uns amigos que, por mais que se passem meses, continuam do mesmo jeito. a mesma barba, a mesma falta de altura, o mesmo miojo de tomate com brócolis. ou a mesma loira, a mesma irmã, a mesma 'carentisse', a mesma vontade de ficar junto falando bobeira.
aqueles que continuam os mesmos bêbados. o bar é o encontro.
outro que é o mesmo jedi, sempre fazendo mil coisas, sempre agredindo gartuitamente, as mesmas bochechas rosas, o mesmo jeitinho lindo, o mesmo cativante de sempre. e aquela que continua falante, a mesma baixa auto-estima engraçada, a mesma risada escandalosa e gostosa de ouvir.
e aquele que é da família, que cuida de você. o mesmo bobo de sempre, o mesmo coração quente de sempre.
os que te olham, abrem um sorriso, por mais que não queiram, mostram que sentem saudade.
os mesmos abraços, tímidos ou não, com o mesmo calor que tanto fazia falta. abraços tão sinceros quanto o olhar que te mandam.

eu queria poder guardar os abraços em potinhos, e abrir esses potinhos sempre que aquela dor bate e aquele frio de saudade chega.


o que eu mais gosto em sentir saudade é matá-la, sem dó nem piedade.

4.6.07

oh, girls just wanna have fun?

acho que no planeta de onde eu vim não é assim não. pena que eu sou uma quase única nesse planetinha estranho que é a terra. eu simplesmente não consigo me 'divertir com os errados'. quem disse que são errados? po, alguém pode ser errado pra gente, ou nós que não estamos certos pra essa pessoa?
ah tá, aquela minha mania de sempre de achar que o problema sempre está comigo.. mas tudo bem, nos últimos dias, eu sei que o problema está comigo sim, comigo e só comigo. procurar médicos? ah, isso não resolve o meu problema. psicólogo? também não, babe.
talvez eu precise me libertar de mim mesma. me libertar dessa auto-imagem que eu faço sobre mim, que quem sabe não seja a certa. mas como me libertar de uma fortaleza que eu mesma construí? eu construí essa muralha entre mim e o mundo, na esperança de ser alguém melhor do que o resto do mundo, mas agora não consigo passar e alcançar o mundo.
não, eu não fui sempre assim. mas o próprio mundo me fez dessa forma.
a culpa? ah, a culpa é minha, com certeza.
'não adianta saber de quem é a culpa,
se você não souber que é sua'
Aldo Tolentino

1.6.07

todo dia é assim,

eu não tenho a mínima inspiração para postar nesse blog (muito menos no outro), e quando baixa a inspiração, são três segundos. ih! passou.

eu não consigo uma linha a seguir com as coisas que eu escrevo nesse lugar. não sei se eu quero ajudar as pessoas, não sei se eu quero falar de mim, se quero reclamar da vida, se quero dar indiretas. NÃO SEI. nessas horas que eu penso: 'cara, que merda! nem escrever bem eu faço...'.


eu disse que a inspiração tinha acabado.
talvez nunca tenha vindo. ;/