31.5.07

cá estou.

e agora?
eu ainda estou pensando sobre qual a coisa que eu mais gosto em estar aqui em são josé.
talvez seja a segurança do lar. ou a segurança do passado.
saber com certeza que você é importante pras pessoas também é um ponto positivíssimo!
e claro, aqui eu sei que, qualquer problema, as pessoas vão querer me ajudar a resolver, não vai ser aquele negócio de 'se vira, malandro!' que é na outra cidade.
aqui eu não me sinto tão 'untouchable girl'. como assim? ah, não importa o que isso significa, mas não me sinto assim aqui.

mas é engraçado como me sinto bem nessa cidade. mesmo com frio, mesmo cansada..
já não em sentia a vontade comigo mesma há tanto tempo.
talvez nem precisasse mesmo de tratamento psicológico, talvez só estivesse precisando me sentir bem, comigo e com quem tá a minha volta. e isso, ah!, isso tava faltando...

16.5.07

and she's gone..

e parece que aquela calma aparente se foi junto...



que eu tenho medo do escuro,
tenho medo do inseguro...

15.5.07

(...) Estou melancólica. É de manhã. Mas conheço o segredo das manhãs puras. E descanso na melancolia. [Água Viva, Clarice Lispector]



Estou melancólica e ainda é de manhã? Não tão manhã assim, mas quems abe estou melancólica desde manhã mesmo. Talvez, desde a minha primiera manhã no mundo.


Vivo melancólica. A ingratidão, o medo alheio, isso me "melancoliza". Me tortura por dentro. Me tortura por fora. Torce o meu rosto, mas e daí? Todo mundo pode ver o que eu estou sentindo, mas quem pode se importar? E quem eu quero que se importe? E se eu não quiser que ninguém se importe mesmo?





Acordar e escutar morte e ver sangue jorrando do jornal, isso me tortura, torce meu rosto.





Medo, medo, todo mundo tem medo.





Medo de sair de casa, medo de o dinheiro não dar, medo de gostar demais de alguém, medo de amar menos que o outro, medo de ser sequestrado, medo do assalto, medo de ter o coração assaltado. Medo, medo, medo!


MUITO MEDO!




















Eu tenho medo é de ficar igual a todo mundo, medo de não ser mais autruista, medo de não ter o coração aberto demais, medo de não sofrer nunca mais por amor, medo de sentir medo todo o tempo, medo de perder a coragem, a coragem de sentir, de mostrar, de amar, de ser assim!



Não me deixe só
Eu tenho medo do escuro
Eu tenho medo do inseguro
Dos fantasmas da minha voz



Eu tenho medo dessa doença de medo ser contagiosa, medo de não encontrar em mim eu mesma, medo de perder o paladar, de não sentir mais o gosto do mundo. Medo, muito medo!


Não me deixe só
Tenho desejos maiores
Eu quero beijos intermináveis
Até que os olhos mudem de cor

(...) Estou melancólica. É de manhã. Mas conheço o segredo das manhãs puras. E descanso na melancolia. [Água Viva, Clarice Lispector]

Não me deixe só

Que o meu destino é raro

Eu não preciso que seja caro

Quero gosto sincero de amor


Eu quero gosto de amor sem medo dele mesmo.
Amor pelo mundo, amor por tudo.

14.5.07

Com vocês, Matheus...


Foto que eu tirei no "terreno" onde a Maria de Lourdes, sucateira que entrevistei, guarda, arruma, separa a sucata que ela e a família pega. Um negócio familiar, para melhor definir o que eles fazem.
Esse é o Matheus, neto dela.


Uma família inteira vive de catar sucata na rua, separar, vender, e tudo por 10 centavos, 20, o quilograma. Pouco? MUITO pouco. E a família é unida e feliz.



E sabe o que mais me irrita?
Ver tudo isso, ver muita dificuldade, fotografar, entrevistar, e ser muito tocada por roda essa situação, e ver gente que tem tudo que pode querer, e não tá satisfeito.


Dando uma de Bóris Casoy, "Isto é uma vergonha!".
Vergonha como pessoa, como ser humano.




Cansei de mim mesma, vamos falar um pouco do problema do mundo.. Quem sabe?

8.5.07

uma bad, quem sabe...

esforços de muito lado para tentar ajudar alguémq ue não consegue manter constante o humor. e o fracasso de todos os lados, talvez.

a carência nao pode ser a culpada de tudo, muito menos a solidão. então, quem é culpado por tudo isso?

essa mania idiota de sempre querer arrumar um culpado para todos os problemas é o problema do mundo, e a culpada dos problemas.
cada um com o seu problema, SEU problema, e com os milhões de suspeitos de serem culpados por esse problema. e a vida se torna um inferno na busca incessante pelo maldito culpado, maldito causador, maldito, maldito seja, maldito!

então me culpem pelo problema de vocês, idiotas, imbecis. me culpem, vamos lá, me culpem!
tenham medo de assumir que a culpa é toda sua. medo, muito medo de ser o causador, alguém tem que ser acusado e julgado culpado. culpado, senhor réu, CULPADO.





não, eu NÃO posso ser culpada or nada que eu não tenha feito, eu não posso me culpar e carregar essa culpa comigo, simplesmente não posso.






assuma que você não quer. assuma que não me quer.
não sou tão boa assim. não posso ser tão boa.
não posso ser a vilã de história alguma também.
inconscientemente me tornei uma vilã de novela? como pude? ah, então me desculpe.


assuma que não é culpa dela. assuma que a culpa é sua.
assuma que a culpa não é minha, não pode ser minha.
assuma que o que você quer é simplesmente fugir dessa culpa, fugir dessa novidade ruim, fugir da culpa de deixar outra pessoa ser feliz e sua vida mudar por isso.
assuma seus 5 anos de idade. isso você faz, você age, mas não assume, não consegue, simplesmente não consegue.
então assuma sua maioridade, e não para simplesmente querer que paguem por suas coisas e seus atos, e você não tenha culpa em nada, afinal, você não é mais criança mas não tem culpa de nada ter acontecido.
você NÃO CONSEGUE SE ASSUMIR COMO PESSOA.



e você aí, que finge que não tem culpa de nada também, também é culpado.
culpado por ter medo, medo de mudar, medo do que mudou. MEDO, O MEDO TE FAZ CULPADO.













SOU CULPADA SIM! culpada por todos os MEUS atos, MEUS atos, e não pelo que vocês fazem ou fizeram.











culpada por ser como sou, por estar onde estou, do jeito como estou.















graziele, você foi considerada pelo corpo de jurados culpada. CULPADA. sem liberdade de sentimentos. sem liberdade nenhuma de sentimentos.
amarrou seu coração e é culpada por isso. ninguém mais, apenas você.