20.10.13

que dentro aqui trago.

descobri tudo:
eu sou uma farsa,
uma farsa assimétrica.

enquanto metade
de mim quer o mundo,
pra outra já basta
o isolado e esquisito
oceano profundo,



30.9.13

bipolar de mim

se o abismo de dentro
se enche de mais profundidade,

se meus monstros abissais
se libertam em busca da superfície,

é hora de vestir meu escafandro,
e explorar o íntimo de minhas águas cheias de sal.

porque, se a profundidade anda a me sufocar,
é hora de me afundar mais uma vez,
e quem sabe atingir,
(já que não posso fingir)
entre monstros, lama e medo,
o outro lado de mim mesma.


29.4.13

meu primeiro e lindo livro

não sei dizer se demorou mesmo, ou se é assim que as coisas são quando leva-se em consideração a tal da "hora certa". o fato é que, anos, pensamentos positivos, negativos, poesia, poética, tristezas, felicidades e algum dinheiro depois, enfim, meu primeiro livro saiu!
para quem estará em são paulo no dia 08 de maio, quarta-feira, a partir das 19h vou estar lindamente lançando o livro "Parte Eu Parte Outro", pela Dobra Editorial, lá no Canto Madalena. O livro está lindo, a felicidade anda maravilhosa, e você deveria vir dividir um pouco dessa imensa alegria comigo!


18.4.13

XXV. seria eu findável?

observo a terra à vista.
tão extensa, excitante,
permissiva e apavorante,
como nunca aparentou
nesse ainda antes
de vinte e cinco.

já não me sinto infinita
como há meia ou uma década.

afinal, cá sou eu.
um ser à beira (e) limitado
por uma série de dermes,
entranhas, cravos e vermes,
vivendo dentro deste
pequeno espaço
de corpo.

portanto, se para ser
findável ou finita
é preciso estar sempre,
sempre, sempre,
vivendo no limite
(de si mesmo),
cá estou

descobrindo em
ciclos humanos
o mesmo limite:

existir é,
numa análise bem
simplista,
ocupar este espaço
(pedaço de carne ou
morada do espírito,
quem sabe),
enquanto o fôlego durar.

(somos todos infinitamente findáveis)

4.2.13

note

chega a ser engraçado
esse estado de graça.