observo a terra à vista.
tão extensa, excitante,
permissiva e apavorante,
como nunca aparentou
nesse ainda antes
de vinte e cinco.
já não me sinto infinita
como há meia ou uma década.
afinal, cá sou eu.
um ser à beira (e) limitado
por uma série de dermes,
entranhas, cravos e vermes,
vivendo dentro deste
pequeno espaço
de corpo.
portanto, se para ser
findável ou finita
é preciso estar sempre,
sempre, sempre,
vivendo no limite
(de si mesmo),
cá estou
descobrindo em
ciclos humanos
o mesmo limite:
existir é,
numa análise bem
simplista,
ocupar este espaço
(pedaço de carne ou
morada do espírito,
quem sabe),
enquanto o fôlego durar.
(somos todos infinitamente findáveis)
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