31.3.08

preguiça

de ir pra faculdade.

a lú escutando

caetano no quarto e eu aqui percebendo, com uma felicidade que eu poderia comparar à calma ou alívio, que pelo menos essa fase eu consegui ultrapassar, sem nem me importar com os anos que demoraram para tudo ser superado, eu tenho certeza que eu só consegui aprender e que eu com certeza estou muito mais feliz agora do que antes, mesmo pelos tempos serem diferentes, mas eu sei que eu me sinto muito mais à vontade onde estou agora, com as pessoas com quem eu estou agora, do jeito que eu estou agora.
estou onde eu deveria estar e não gostaria de jeito nenhum de estar lá...

27.3.08

as formigas

são muito fudidas da vida. elas carregam muitas vezes o peso delas nas costas (oito?) e além de tudo, esses pesos são folhas totalmente complicadas de se carregar. é como uma chapa de ferro com oito vezes meu peso, eu carregando ela pela quina, sem deixar virar nem cair.
(jogo do contente com objetos de observação do caminho da fuga da aula e da vida para casa quente - muito quente - sem ninguém só comigo, meu banho e minha crise, só para mim).

encostando

onde só alguém encostava, sentindo o cheiro em qualquer lugar, tentando me convencer de que eu consigo continuar tudo como se nada nunca tivesse acontecido, com vontade de correr e correr e esquecer de tudo, menos desse tempo que eu tenho que esperar para poder mais uma vez pelo menos passar a mão no rosto e perguntar se está tudo bem. isso me desespera.

26.3.08

eu estou

escrevendo há muito tempo e apagando tudo e escrevendo de novo e o blogger dando pau e sumindo com a única coisa que eu tinha conseguido escrever e ter coragem para postar. percebendo que eu não consigo organizar meus pensamentos e que eu sou bem idiota de vez em quando porque eu tenho muito medo de machucar as pessoas, mesmo as que não sabem que eu estou machucando.

25.3.08

kate nash, kate nash, kate nash...

24.3.08

mais uma vez,

bauru. alívio de estar em casa e medo de ficar sozinha. muito medo.
mas enfim, a sós comigo mesma.
e entre tanta coisa, saudade. e saudade de muitas coisas e muitas pessoas. surto nostálgico.

23.3.08

e se ela não quer mais viver,

se ela esquece de limpar a cozinha, se ela não lembra de tirar a areia do chão, se ela não quer mais ver o pôr-do-sol na praia morando tão perto, se ela não quer mais querer nada na vida, quem sou eu para reprimir?
eu só queria que a volta para casa dela fosse mais prazerosa e feliz do que qualquer coisa que eu gosto de fazer. eu queria ficar feliz ao lado dela, eu não queria minhas energias sugadas pela falta de vida dos olhos dela.
é como se um pedaço de mim fosse arrancado a cada vez que eu vejo ela se esvaindo mais e mais e existindo simplesmente por não ter conseguido acabar com tudo quando tentou e agora não ter mais vontade nem ao menos de acabar com tudo mais uma vez.
mãe...

21.3.08

tudo tá velho,

o cachorro tá gordo, a casa tá envelhecida, os armários estão caindo, as rugas estão à mostra. o sofá rasgado está mais rasgado, as paredes sujas estão mais sujas, o carro barulhento está mais barulhento. o computador continua cheio de vírus, os móveis continuam empoeirados e as músicas continuam tocando sempre na mesma ordem. só as brigas aumentam, a intolerância está mais aparente, o tempo anda se arrastando. e parece que a saudade quando tudo isso passar vai ser muito maior do que foi um dia. saudade de nada que nunca foi perfeito e tudo que nunca será.
e a mágoa parece que toma conta de tudo, menos da saudade...

20.3.08

tava aqui,

pensando em como eu gosto de lá. casa do papai é o que há, mas eu realmente tava mentindo para mim quando achei que vir para cá ia me fazer algum bem. muita saudade, mas muita mágoa incrustada em cada coisa que cada um fala ou olha ou pensa. eu não sei mais como é viver em família ou eu não sei mais como ser o ponto forte da casa? hoje em dia parece que cansa mais ser o pilar central onde todo mundo se agarra na hora que cansou de nadar e nadar e nadar. cansa muito mais.
sem cigarro, sem meu quarto, sem a chiqs, sem meus sons...

19.3.08

depois de um ano

eu to sentindo de novo o frio na barriga antes de voltar para casa.

18.3.08

festa

com gosto de abacaxi e vergonha de viver. (grazi ri e vomita mais um pouco)

17.3.08

só para completar,

tudo vai ficar bem. (mais uma mentirinha, só que dessa vez, publicada)

o caos

se instalou. pelo menos é o que parece. e eu fico pensando que talvez eu não devesse entrar em crise tantas vezes por um certo período de tempo. mas eu queria conseguir saber o porquê de tudo começar a andar fora dos trilhos justamente quando deveria apenas continuar onde estava. e pensando que não é drama, nunca é drama para quem está vivendo. e pensando que eu queria mandar quem perde o tempo para ler os meus dramas (deu para ler o 'meus' ou eu preciso colocar em negrito?) para depois dizer que eu sou dramática. e pensando que eu agradeço a cada segundo por ser desse jeito e não precisar forçar nada nem impor personalidade alguma. e pensando que eu quero sumir e não por uns tempos, mas para sempre e todo o sempre. mas pensando que ainda bem que essa vontade passa, demore ou não. e pensando que não importa o quanto eu queira sumir, eu me sinto bem comigo mesma e vou continuar me sentindo, e não preciso de auto-afirmação constante para provar quem sou eu ou provar que eu gosto de ser como eu sou. dramática, quem sabe. mas o que eu sei, pensando tanto, é que nada está certo e que a culpa é minha, sempre é, e já é um passo anorme saber que é minha a culpa, então não importa se alguém muito importante está longe, muito longe ou se eu sou do tal clã dos 'drama queen'. eu faço o meu próprio inferno e vou continuar me enganando que um tempo com a família vai me tirar do limbo.
eu minto para mim mesma. e acredito nas minhas mentiras.
querendo arrancar minha cabeça e acabar com essa coisa de tudo bem tudo mal tudo bem tudo mal.

16.3.08

e parece

que tem uma mão esmagando meu coração e me lembrando a cada segundo que há um longo caminho e muito tempo pela frente e que eu não posso querer congelar tudo como está para só daqui a um tempo descongelar e tudo já estar do jeito que eu queria que estivesse.
volta tempo, volta ou passa correndo, não fica se arrastando e me machucando assim.

4.3.08

i'll be waiting.