30.4.08

querendo

a minha família, por pior que tudo seja. querendo só um abraço do meu pai e um da minha mãe, meu irmão para dar uma volta pelo caminho de sempre e a minha irmã pra rir da minha cara, meu primo pra sair, tomar uma cerveja e conversar sobre a vida, a pastel pra entender tudo que acontece desde os 5 anos, e dora para falar de filosofia e chorar no colo dela...
por pior que tudo seja, eles são tudo o que eu queria agora comigo, tudo.

escrevendo matéria, música muito alta

e muitos, muitos gritos de 'vou, mas não me peça para amar outra mulher que não você... '.

(quem não gosta de sofrimento gratuito, de vez em quando?)

29.4.08

mais uma noite

de insônia. mais uma mexida profunda em tudo o que já me passou. e mais uma conclusão de que a vida é muito mais feliz com 8h de sono por dia, e não 5h ou menos, pela manhã...

conversa entre carinhas:

(tocando 'além do que se vê')
-mano, esse amarante é o netinho de paula dos cults!
-?
-essa música é a 'tô chegando na cohab' dos cults.
-éééééé...

mais uma noite na sombria batcabelo.

23.4.08

a sala cheia de bexigas coloridas,

as quais foram objeto de brincadeiras muito divertidas mais tarde. foi assim que eu acordei no dia do meu aniversário [ontem]. um almoço muito gostoso que a lú[a] fez, com pessoas muito importantes para mim. depois, só alegria. gugu na sua casa, dublagem do canal árabe, enchente na rua, denise breaca, paty imobilizado no colchão, brasil com problemas de fala, chiquinha mucho louca.
hoje de manhã, sala junkie, com caixas de pizza, muitos cigarros e muita sujeira, além de garrafas do fim de semana todo. além do fim de semana todo.
e agora eu tô pensando sobre a mania de as pessoas cobrarem uma atitude em um relacionamento (seja do tipo que for) que eu não consigo ter, uma postura que não é a minha. já perdi muitas chances desse jeito, mas eu não consigo mudar, tem coisa que é assim, a gente simplesmente não consegue mudar. mas as pessoas cobram, e cobram muito, e eu não sei ser de outro jeito. e o que deixa pensando é em porque elas cobram isso, porque se desde o começo elas já sabem como eu sou.
eu não gosto e não sei receber cobranças, principalmente quando eu não as acho justas...

22.4.08

tem coisa

ruim que acontece pra você abrir o olho e ver que antes era pior ainda.
tapa na cara e acorda, menina.
e feliz aniversário de ontem pra mim, tudo foi muito, mas muito gostoso :)

18.4.08

mentira,

tem hora que parece que nada vai ficar bem. eu posso até atribuir a angústia do dia ao inferno astral pré-aniversário, mas também pode ser mentira. mas até aí, a verdade continua encondida em alguma coisa que eu não consigo identificar. ainda mais com esse monte de coisa que eu arranjo pra minha cabeça e eu não sei nem o porquê de fazer tudo isso. acho que é aquela coisa de manter a mente ocupada.
mas não adianta muito, às vezes...

tudo

vai ficar bem... tudo vai ficar bem...

17.4.08

sorriso

cor exata dos olhos
textura dos cabelos
do nariz
do pescoço
do braço
da mão
do rosto no rosto
lágrima
cheiro dos cabelos
da respiração
da pele
das roupas
sorriso
espessura das orelhas
dos cílios
lágrima
não sai
não some
não me esquece
eu não esqueço
sorriso

(por isso é que eu sou um vampiro...)

14.4.08

semana ca-ó-ti-ca

eu uso óculos escuros pras minhas lágrimas esconder
e quando você vem para o meu lado, ai, as lágrimas começam a correr
e eu sinto aquela coisa no meu peito
eu sinto aquela grande confusão
eu sei que eu sou um vampiro que nunca vai ter paz no coração
às vezes eu fico pensando porque é que eu faço as coisas assim
e a noite de verão ela vai passando, com aquele seu cheiro louco de jasmim
e eu fico embriagado de você
eu fico embriagado de paixão
no meu corpo o sangue não corre, não, corre fogo e lava de vulcão
eu fiz uma canção cantando todo o amor que eu sinto por você
você ficava escutando impassível e eu cantando do teu lado a morrer
e ainda teve a cara de pau
de dizer naquele tom tão educado
oh! pero que letra más hermosa, que habla de un corazón apasionado
por isso é que eu sou um vampiro e com meu cavalo negro eu apronto
e vou sugando o sangue dos meninos e das meninas que eu encontro
por isso é bom não se aproximar
muito perto dos meus olhos
senão eu te dou uma mordida que deixa na sua carne aquela ferida
na minha boca eu sinto a saliva que já secou
de tanto esperar aquele beijo, ai, aquele beijo que nunca chegou
você é uma loucura em minha vida
você é uma navalha para os meus olhos
você é o estandarte da agonia que tem a lua e o sol do meio-dia
"eu não dava pro caetano veloso..."
"eu dava muito pro caetano.. você não dava?"
"dava, dava muito fácil..."
companhia idiota pra alegrar.

10.4.08

comprar band-aid original

não é questão de marca, é questão de qualidade. mais caro, mas nada se compara quando seu dedo vai cair e você pode colocar uma bandagem de plástico que vai arrancar a sua pele junto na hora de tirar ou um band-aid, respirável e de textura suave.
(é tudo que eu consigo organizar na minha cabeça: minha preferência por band-aid a outras marcas. o resto da vida tá bagunçado, e é resto, né...)

7.4.08

rodando

e rodando, em pelo menos quatro sentidos.
lembrando e lembrando, de pelo menos três coisas.
esquecendo e esquecendo, as mesmas três coisas.
'vai passar grazi, vai passar...'
mentira.

6.4.08

(bêbados,

sempre sai a verdade ou o que nós queríamos que fosse verdade?)
eu só sei que eu amo a frá de uma forma que talvez, aqui, seja igual apenas ao amor que eu sinto pela dê. e tudo isso é igual apenas ao amor pela pastel e pelo popó. que se construiram em anos, e aqui, em um ano. a intensidade muda de acordo com a situação na qual se está, mas é engraçado como o resultado de tal intensidade acaba sendo o mesmo.
são pessoas que, cada um com o seu jeito, completam aquilo que está vazio sempre mas sempre se completando.
junto à uma capacidade de separar as coisas e misturar tudo ao mesmo tempo que me deixa enlouquecida.

3.4.08

insônia:

você está precisando dormir muito. você se deita na cama, se arruma, mas não encontra posição. um pernilongo pica a sola do seu pé. você acende a luz pra procurá-lo, e ele desaparece. você apaga a luz e deita de novo. ele vem e fica zumbindo no seu ouvido. mais uma vez você se levanta e acende a luz e procura o maldito e ele sumiu mais uma vez. você procura repelente, revira o quarto e finalmente acha. toma banho de repelente, xinga o pernilongo e família e deita mais uma vez. ele sumiu de vez. mas você ainda não achou posição. então você se lembra do aluguel para pagar, das coisas a fazer no dia seguinte e da hora que você vai ter que acordar. aí fodeu, pensou em hora, esquece, você não vai mais dormir. você olha no relógio e vê que faltam 3h para você "acordar". mais uma vez, fecha os olhos e pensa em alguma coisa bonita. aí você se lembra de alguém distante em quem evitou pensar o dia inteiro. mas você não simplesmente se lembra, você sente o cheiro da pessoa, você se lembra de cada detalhe do rosto e do corpo, da textura do cabelo e de como a pessoa sorri. e como ela sorri para você. você pára e pensa que vai tentar dormir senão vai enlouquecer. você mais uma vez olha no relógio, 1h30 para despertar o celular. mais uma vez, vamos de novo, fecha os olhos e tenta não pensar em nada, e acaba pensando em tudo que você pensou durante um dia inteiro e mais o que você pensará amanhã. falta 15 minutos. olheiras, mau-humor, tristeza, cansaço, tudo misturou nessa noite de revirar na cama e agora você é mais uma das pessoas que periodicamente pensam seriamente em morrer a ter mais uma das crises de insônia.
e é aí que a insônia vem.
(08h em ponto, noite varada, banheiro lavado, quarto arrumado, pautas feitas. e o sono, onde foi parar?)

sabe quando

você percebe que apesar de tudo que está ruim, tá tudo bem? que você está gostando de tudo exatamente como tudo está? então.

2.4.08

eu queria dizer

que eu sou brega, escuto música não-cult, uso roupas feias e ponto final.

o negócio

é copiar e colar. e dar uma de cotoco, joão-sem-braço ou qualquer coisa assim.

é mesmo

necessário que tomemos uma posição única diante das coisas? personalidade forte significa pensamento radical? eu preciso ter certeza de tudo que eu quero e como eu quero tudo?
não quero decidir nada, por favor, não me coloque essa responsabilidade.
(que?)

1.4.08

olhando

e lendo as coisas que eu escrevo, percebo que pareço uma pré-adolescente em crise. já falei sobre isso? de qualquer forma, tudo se tornou claro (mais uma vez ou não) de que eu pareço uma pré-adolescente em crise. e não só às vezes, sempre.

tenho um

palpite sobre tudo que me atormenta: inferno-astral-pré-aniversário.
(mais justificativas...)

em meio

a um surto no qual eu fico pensando que eu não consigo organizar nada, não consigo explicar nada do que está acontecendo, só sei que fico irritada com qualquer coisa, e eu não sei nem se é irritação ou preguiça do mundo e de todo mundo. é como se especialmente agora eu estivesse me sentindo deslocada, mas deslocada da vida e não de uma coisa ou outra.
é muito cansativo quando você está sempre dando o melhor de você para tentar sempre ser o mais empática o possível com todos e qualquer um e quando você vê que não está recebendo isso de volta. principalmente por saber que o problema não está nos outros e sim em você que fica esperando um retorno do que você faz e acaba se decepcionando mesmo sabendo anteriormente que poderia se decepcionar.
mas na verdade eu acho que isso não é nada, que na verdade o que eu estou tentando explicar para mim mesmo e usar como justificativa para não estar bem com muitas coisas não é nada disso do que eu falo, e que na verdade nada é. eu não sei o que é.
eu não consigo organizar meus sentimentos, eu não consigo saber se isso que eu sinto é realmente saudade ou se é mais uma tentativa de justificar o meu jeito de não estar completamente bem todo o tempo. mesmo eu escondendo cada vez menos o que acontece, cada vez mais eu escondo de alguma forma.
eu não sei o porquê do meu medo, mas eu estou com medo. estou com medo de mim, com medo de voltar a ser uma coisa que eu nunca fui, estou com medo de estar me importando de menos com todo mundo, ou estar me importando demais e na verdade estar escondendo isso.
eu não sei, não sei o que eu estou escrevendo, mas talvez eu pudesse ficar escrevendo para sempre. e eu sei que eu mesmo assim não conseguiria achar uma justificativa pelo sentimento ruim.

com uma vontade

de sentar em algum lugar sozinha, sem insetos, sem nada, sem calor, sem frio, com uma música boa e calma, nem triste nem feliz, e ficar lá, sentada, sem pensar também.