5.6.07

o que mais gosto

é que, por sorte, às vezes encontramos uns amigos que, por mais que se passem meses, continuam do mesmo jeito. a mesma barba, a mesma falta de altura, o mesmo miojo de tomate com brócolis. ou a mesma loira, a mesma irmã, a mesma 'carentisse', a mesma vontade de ficar junto falando bobeira.
aqueles que continuam os mesmos bêbados. o bar é o encontro.
outro que é o mesmo jedi, sempre fazendo mil coisas, sempre agredindo gartuitamente, as mesmas bochechas rosas, o mesmo jeitinho lindo, o mesmo cativante de sempre. e aquela que continua falante, a mesma baixa auto-estima engraçada, a mesma risada escandalosa e gostosa de ouvir.
e aquele que é da família, que cuida de você. o mesmo bobo de sempre, o mesmo coração quente de sempre.
os que te olham, abrem um sorriso, por mais que não queiram, mostram que sentem saudade.
os mesmos abraços, tímidos ou não, com o mesmo calor que tanto fazia falta. abraços tão sinceros quanto o olhar que te mandam.

eu queria poder guardar os abraços em potinhos, e abrir esses potinhos sempre que aquela dor bate e aquele frio de saudade chega.


o que eu mais gosto em sentir saudade é matá-la, sem dó nem piedade.

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