16.8.10

a flor

diante de uma nova janela
airoso sol de inverno
neste lugar imposto
pelo que antes não existia
e que agora é (quase) tudo o que há

passo os olhos por esquemas lógicos
verbalizações do irreal
refletindo esse suposto axioma
o qual nomeamos universo

e pensar que duvidava
do lasso caminhar
dessas frouxas pernas

por agora, ando só
lavando partes de mim

torcendo pelo
apressar do tempo

(até que eu possa
acenar com a cabeça
ver seu sorriso de volta
te pedir para entrar, sentar,
e aqui, comigo, ficar)

Um comentário:

Anônimo disse...

que gracioso! lutarei para que seu ambiente de inspirações e aspirações continue intacto. boa garota! beijo