se antes atingia o topo,
e a onda de outrora
tomava os pulmões,
separava os
braços ao lado do corpo
logo ali, no ápice
e voava de encontro ao fundo
para
ou cavar mais
com as unhas e os ossos
quebrados dos corpos
que ali ficavam,
ou tornar a escalar,
pouco a pouco,
pela livre e natural
sensação de vôo livre
hoje mal se pode encontrar
um medíocre monte,
(pelo bem da não-queda)
e esta meia escalada não seduz
ou ao menos convence
ou ilustra o poço como
mais atraente do que
esta miserável saltitação,
segura e cinzenta.
2 comentários:
!!!
Entendo mais do que sou capaz de expressar.
Mesmo sem depakotes e kenes, lítio ou outros estagnadores, conheço ambos, crista e areia, para dizer o mínimo.
Esses excessos são de uma embriaguez sedutora. Produzem tanto as rimas mais fáceis quanto as mais belas, as impossíveis. Entendo o apelo.
Mas pessoalmente, acho que a calmaria tem um certo charme. Além, do mais, não se engane, é temporária.
Sinta-se abraçada, moça.
Essa coisa de abismo é a mais engraçada: de infinitamente particular, sempre acabamos espiando um abismo ao lado, muito parecido.
Qualquer coisa de universal, mas incompartilhável na dor, eu acho.
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