ninguém contou os últimos dez segundos, os fogos foram espaçados e fracos, absolutamente silenciosos. o celular, como em todo ano, não funcionava. quase não deu tempo de chegar na orla. ninguém mais leva a sério a tradição das cores.
um frisante gostoso, sem taças, sem nada. duas pessoas que em nenhum momento de todo o ano imaginei que estariam comigo nos últimos momentos. e não poderiam ser outras, tinha que ser elas.
e o mais incrível de tudo: nada de choro. anos e anos passando os primeiros segundos do ano chorando, e dessa vez, as lágrimas não vieram. só um calorzinho no peito de que dessa vez sim vai dar tudo certo, como foi no último dia do anterior e vem sendo nos primeiros desse. tudo muito certo, ou pelo menos como tudo deveria ser.
Um comentário:
o ano começa regado de esperança. (se é com o que, realmente, se pode contar)
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